Monday, February 28, 2011

Portugal importa e come cada vez mais carne

Indicadores bem preocupantes, que no essencial nos dizem que aquilo que é um sério problema ecológico, ético e neste caso também económico só se está a agudizar em Portugal ao invés de se inverter. O consumo exacerbado de carne continua a aumentar e, por essas e por outras, se torna tão necessário para o planeta e para a evolução da humanidade a difusão do vegetarianismo em Portugal e não só.


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Portugal importa e come cada vez mais carne

Ontem

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1794678


Portugal só consegue produzir 74% da carne que consome, refere um estudo que o observatório das importações alimentares divulgado este sábado e que dá conta de uma dependência das importações no sector, quando aumentam os preços dos bens alimentares.


O Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares (OMAIAA) alerta que o aumento da produção de carne "não tem sido suficiente para acompanhar o crescimento do consumo nacional de carne, pelo que a dependência da oferta externa é uma caraterística que se acentua nesta fileira".


De acordo com o estudo do OMAIAA, o grau de auto aprovisionamento total médio no setor da carne fica perto dos 74%, com maior produção no sector das carnes de aves, em que Portugal quase se basta a si próprio e uma baixa capacidade de auto-aprovisionamento nas carnes de bovino, suíno e ovino e caprino.


"Na última década, tem havido um pequeno crescimento generalizado em quase todos os sectores da produção animal. No entanto, do ano 2008 para 2009, houve um decréscimo nos setores da carne de bovino, suíno e ovino e caprino, sendo o das aves e ovos o único cuja produção subiu dois por cento nestes dois anos", refere a análise do observatório.


Portugal consegue assegurar 92% da produção de carne de aves, mas a produção das restantes "apresenta valores reduzidos", em especial na carne de bovino, em que a produção se fica pelos 52%, acrescenta o estudo.


"Face ao grau de auto-aprovisionamento registado, o saldo da balança comercial é, no geral, acentuadamente negativo. A pressão da oferta externa faz-se sentir em todo o setor da carne com muita intensidade, com os principais fornecedores a pertencerem à União Europeia, os quais asseguram 95% do volume importado", refere.

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