Tuesday, December 13, 2011

Farm to Fridge - The Truth Behind Meat Production



Uma verdade muito inconveniente, das imagens das quais nos tentamos sempre abstrair mas que são a mais triste realidade por detrás de um "bife" ou de outro pedaço de carne qualquer ...

Tuesday, November 29, 2011

Entrevista a família vegetariana - um testemunho nas "1ªpessoas" ;O)

Aqui segue um breve testemunho que ajuda, sobretudo, a desmistificar a ideia de que se ser vegetariano é um "bicho de 7 cabeças". Neste caso um testemunho da família que tenho o enorme privilégio de constituir ;O)
Espero que seja útil mesmo que possam não concordar com tudo o que se escreve
Abraços e Beijinhos
Pedro Jorge Pereira - Segredos da Horta

Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/Article-581-Entrevista%2Ba%2Bfam%25EDlia%2Bvegetariana.html

Cristina Gomes, 30 anos, psicóloga e Pedro J. Pereira, 32 anos, formador eco social são pais do Pedro com 3 anos e da Inês com 6 meses.
O Centro Vegetariano pediu-lhes que partilhassem connosco as suas experiências como família vegetariana.


Que tipo de alimentação seguem os pais e desde que idades?

Pjp: Deixei de ingerir qualquer tipo de carne há cerca de 17 anos e peixe há cerca de 11 anos. Durante algum tempo cheguei a praticar de forma plena o veganismo. Neste momento consumo ocasionalmente algum tipo de queijo mais artesanal e ovos biológicos.

Cris: No meu caso, primeiro deixei os ovos e os lacticínios por volta dos 24 anos. Pouco tempo depois deixei de comer carne. Com 25 anos, deixei igualmente de consumir peixe, tendo-me tornado nessa altura praticamente vegana. Foi na minha primeira gravidez que voltei a consumir ovos e queijo, tendo assumido desde essa altura uma alimentação vegetariana, que ainda mantenho atualmente.


Cristina, que idades tinhas aquando das gravidezes?

Cris: Quando soube que estava grávida pela primeira vez tinha 26 anos e na segunda vez tinha 29 anos.


Durante as gravidezes foram incluídos ou excluídos alguns hábitos alimentares, por exemplo, toma de suplementos? Se sim, quais foram as alterações feitas?

Cris: Na primeira gravidez tomei o mesmo que toma a maioria das grávidas, ácido fólico no primeiro trimestre e iniciei a toma do ferro a partir do segundo trimestre. No entanto como não me sentia muito bem com a suplementação e os níveis de ferro estavam ótimos, acabei por pouco tempo depois parar de tomar a medicação.

Na segunda gravidez tomei o ácido fólico no primeiro trimestre e depois não tomei mais nada. No entanto, como no final da gravidez me sentia mais cansada que o habitual e os níveis de ferro e vitamina B12 estavam um pouco mais baixos, aceitei a sugestão de suplementar ambos.


Optam por que tipo de medicina para vocês e para as crianças? Como agem em relação à vacinação?

Pjp: O tipo de medicina que praticamos é essencialmente “preventivo”. Ou seja, temos uma preocupação (descontraída) particular com a nossa alimentação e estilo de vida em geral. Para os nossos filhos confiamos numa médica que tendo uma formação “convencional” neste momento segue uma linha com uma abordagem profundamente holística e essencialmente de pendor homeopático. Em situações muito esporádicas recorremos à medicina convencional.

Em relação à vacinação neste momento olho-a com total desconfiança. Basta pensar, por exemplo, que os planos de vacinação são bastante diferentes de país para país, em função, por exemplo, das diferentes farmacêuticas que comercializam as vacinas. Existem enormes lacunas relativamente ao estudo e avaliação dos ditos “efeitos secundários” da vacinação. Obviamente que existe uma “cultura” de medo e forte pressão científica para implementar a vacinação, e regra geral essa pressão é extremamente eficaz. Muito poucos pais ousam colocar em causa o “dogma” da vacinação ou sequer pesquisar informação independente sobre o tema. Nós fizemos isso e, em função da informação que recolhemos, a minha forma de olhar para a vacinação mudou por completo. Até admito que nalguns casos possam haver alguns benefícios, mas os possíveis impactos negativos (nomeadamente até com a combinação de diferentes vacinas) são em larga medida sonegados, como se as vacinas fossem perfeitas e não tivessem qualquer efeito secundário grave. Parece-me algo estranho as vacinas serem tão “perfeitas” se os próprios medicamentos convencionais que não são tão “invasivos” como as vacinas têm imensos efeitos secundários.

Cris: De facto acreditamos essencialmente que a saúde não está isolada do contexto em que vivemos. Daí procuramos que os nossos filhos (e nós mesmos claro) vivam de uma forma o mais harmoniosa possível, com contacto com a natureza, uma alimentação cuidada e exercício físico. Mente sã, corpo são. Quando a doença surge, procuramos seguir uma via o mais natural possível, observando e dando tempo e espaço a que o corpo e as suas defesas naturais se manifestem. O nosso filho mais velho apenas uma vez tomou antibiótico a partir daí foi sempre seguido pela médica, sendo utilizada apenas medicação homeopática ou natural.

Quanto à vacinação, após termo-nos informado mais acerca do assunto, acabamos por decidir que não iríamos vacinar mais o nosso filho (nos primeiros 9 meses recebeu todas as vacinas do plano nacional de vacinação) e à nossa segunda filha já não lhe foi administrada qualquer vacina.


Procuraram informações mais detalhadas sobre alimentação e suplementação da mãe e crianças quando decidiram ter filhos? Onde?

Cris: Sim, bastante. A principal fonte foi a Internet. Depois por parte dos profissionais que acompanharam de perto a minha gravidez e eles mesmos foram esclarecendo algumas duvidas e/ou dando algumas sugestões.

Pjp: Recolhi alguma informação mais junto de amigos vegetarianos que também são pais.


Os bebés foram/são amamentados? Se não, como foi/é feita a alimentação?

Cris: Sim, o nosso primeiro filho foi amamentado até aos 20 meses e a segunda filha está a ser igualmente amamentada.


Com que idade começou o Pedro a comer outros alimentos que não o leite materno e que tipo de comidas?

Cris: Tive de introduzir outros alimentos aos 5 meses para lhe dar tempo de se adaptar antes de eu ir trabalhar. Os alimentos que começou por ingerir foram frutas esmagadas (pera e banana crua, maçã cozida) e papas caseiras feitas com o meu leite, fruta e farinhas integrais.

Pjp: A farinha de arroz ou de aveia, só para citar dois exemplos, são excelentes. Normalmente as pessoas vegetarianas, quando praticam uma alimentação diversificada, acabam por conhecer muito mais opções e possibilidades do que as pessoas omnívoras. Infelizmente, a grande maioria das pessoas ainda acaba por optar pelas papas “industriais”. Sem grande noção ou conhecimento de todos os aspetos negativos que elas têm (presença de substâncias conservantes, por exemplo).


Vão educar os vossos filhos na ética e alimentação vegetarianas?

Pjp: Sim, certamente. Não é algo que queiramos impor, mas é um valor preponderante na nossa alimentação e especialmente filosofia de vida. Creio que nossa educação será sempre alicerçada no vegetarianismo como um valor ético, ecológico e espiritual fundamental, mas também pretendemos respeitar a liberdade de escolha dos nosso filhos. Se mais tarde eles optarem por comer carne, por muito que isso nos custetentarei respeitar essa opção. Mas fará parte do meu trabalho educativo fornecer-lhes toda a informação porque considero a exploração das outras espécies animais e em particular o consumo de carne tão nefasto para o equilíbrio ecológico do nosso planeta e para o desenvolvimento civilizacional da nossa sociedade. Para além da própria saúde claro.

Cris: Sim, pelo menos enquanto formos nós a escolher o que eles comem! E se depois decidirem seguir um regime alimentar diferente, tentaremos fazer com que pelo menos tenham consciência do que significa e está por trás de um bife no prato ou uma sardinha no fogareiro...


Utilizam produtos ecológicos e veganos para os bebés (fraldas, champôs, cremes, etc.)? Sentem alguma dificuldade em encontrá-los no mercado?

Cris: Tentamos que todos os produtos que consumimos sejam o mais naturais possíveis e tenham o menor impacto ecológico que conseguirmos. Não sentimos dificuldade em encontrá-los porque já sabemos onde os procurar, mas claro que não estão ainda presentes em qualquer supermercado como seria de desejar.

Pjp: Apoiamos projetos e produtos éticos, ecológicos e preferencialmente não comercializados por grandes grupos multinacionais. Creio que é fundamental sabermos viver mais com menos, e esse processo implica todo um esforço de reaprendizagem e reflexão. Mas à parte destas reflexões, sim, sem dúvida, quando compramos tentamos sempre fazê-lo da forma o mais ética, ecológica, económica e socialmente justa. Mesmo que por vezes isso possa implicar ter de pagar mais. Mas mesmo isso é relativo, se calhar por isso mesmo, e dentro das nossas contingências económicas, acabamos por comprar só aquilo que é mesmo essencial.


A nível social e familiar sentiram/sentem discriminações por não serem omnívoros?

Cris: Nem sempre é fácil para quem não é vegetariano aceitar que uns pais tentem educar os seus filhos de forma a serem vegetarianos desde que nascem... Na medida daquilo que é possível tentamos que compreendam as nossas opções, sem grandes expectativas claro, uma vez que às vezes não é mesmo possível fazer surgir essa compreensão. No entanto, basta olhar para o nosso filho e ver como cresce saudável, vigoroso e cheio de energia, para perceber que está ótimo! E isso tem sido de longe o maior argumento que poderia existir em favor do vegetarianismo.

Pjp: De certa forma acho que não, talvez só alguma pressão, mas nada de muito significativo. Creio que as pessoas que me conhecem sabem o quanto o vegetarianismo tem sido crucial no meu estilo de vida e por isso parece-me quase óbvio que seria impensável que fosse educar os nossos filhos de uma forma diferente. O melhor argumento que podemos utilizar é demonstrar a vitalidade e saúde dos nossos filhos. E de facto é importante percebermos quando as pessoas perguntam ou fazem algum comentário realmente com alguma abertura de espírito, ou intuito de perceber algo, ou então simplesmente para provarem o seu ponto de vista e dogmas pró-alimentação carnívora. E nessas situações creio que não vela a pena gastar energia.


Já decidiram como agir no futuro próximo quando as crianças interagirem com grupos de amigos e familiares? Vão permitir, por exemplo, que experimente comer produtos de origem animal na escola ou noutros eventos?

Cris: O nosso filho interage desde que nasceu com pessoas que seguem um regime alimentar diferente do nosso e já aconteceu por exemplo ele provar leite de vaca e automaticamente rejeitar por não gostar. Quanto à carne e ao peixe ele mesmo já diz que não come porque é vegetariano. Fizemos sempre questão de lhe dizer que habitualmente as pessoas comem carne e peixe.

Se acontecer de ele insistir em comer produtos de origem animal e eu estiver presente, tentarei que ele perceba o que está a querer comer e oferecer-lhe-ei uma alternativa dentro dos alimentos que comemos. Se ainda assim ele insistir em provar penso que o deixaria provar.

Pjp: Quando eles forem um pouco maiores, terei sempre a preocupação de lhes mostrar como a “carne é produzida” e como os animais são explorados e submetidos a tanto sofrimento para que aquele bife ou salsicha possa estar no prato. Pelo menos, se mesmo assim decidirem ou quiserem tanto comer carne, não será certamente com desconhecimento (ou encobrimento) de toda a sinistra realidade que está por detrás de um bife.



Copyright Centro Vegetariano. Reprodução permitida desde que indicando o endereço: http://www.centrovegetariano.org/Article-581-Entrevista%2Ba%2Bfam%25EDlia%2Bvegetariana.html

Tuesday, November 15, 2011

Pecado do Dia - Ovo Bio Estrelado, bem acompanhado



A alimentação vegetariana também se pode (deve talvez ;O) permitir a alguns "pecadinhos" ocasionais. Como umas batatas fritas de vez em quando com ovo (biológico e/ou caseiro) estrelado. Uma alheira vegetariana. E pronto, nem mesmo por isso se tem que perder a "composição" e equilíbrio nutricional ;O)

Thursday, October 20, 2011

RELATÓRIO de ACTIVIDADE Sessão (in)formativa e Debate: A “Alimentação Vegetariana”, moda, dieta ou estilo de vida?

DATA

4 de Outubro de 2011


Relatório

Integrado na Semana Vegetariana 2011, promovida pelo Centro Vegetariano e contando com a participação de inúmeras entidades e organizações um pouco por todo o país, o Projecto Segredos da Horta – Alimentação Vegetariana Natural dinamizou, com o apoio da Casa da Horta – Associação Cultural, uma sessão (in)formativa/debate sobre a Alimentação Vegetariana.

Como ponto de partida para a sessão surgiu a questão: Numa altura em que a alimentação vegetariana começa a ser cada vez mais conhecida e também “adoptada” por mais pessoas estaremos perante uma moda, uma dieta ou um estilo de vida?

E para se ser vegetarian@, quais são as principais dicas, motivações, dificuldades e “erros” a evitar? Esta sessão (in)formativa pretendeu pois sensibilizar para uma alimentação consicente e sustentável, quer ao nível socio-ambiental quer ao nível, e antes de tudo o mais, da saúde e equilíbrio do próprio indivíduo.

Na sessão participaram cerca de 7 – 8 pessoas que pareceram ter ficado bastante agradadas com os conteúdos abordados.


Tuesday, October 18, 2011

Oficina de Alimentação Vegetariana Natural , 29 de Outubro, Impulso Integral

Oficina de Alimentação Vegetariana Natural

29 de Outubro de 2011, sábado

Espaço Impulso Integral

10h00-14h00,

contribuição: 20,00 hortas

Wednesday, October 12, 2011

A Alimentação Vegetariana como novo paradigma ético, ecológico e alimentar - apresentação do Projecto "Segredos da Horta

Artigo integral parcialmente publicado na Revista Vegetariana nº7, Outono/Inverno de 2011

Provavelmente já todos ouvimos a expressão “Somos aquilo que comemos”. Sendo a alimentação de facto tão preponderante naquilo que somos e fazemos porque é que, tantas vezes, praticamos uma alimentação tão inconsciente e descuidada? Não acaba por ser inevitável o surgimento de tantos problemas de saúde associados ao nosso estilo de vida e em particular à nossa alimentação?

Pode-se também dizer que a nossa alimentação se artificializou, industrializou e tornou em larga medida negligente. Quantas vezes fazermos algum esforço para reflectir verdadeiramente sobre os nossos hábitos alimentares? Até que ponto nos preocupamos verdadeiramente com a qualidade e vitalidade da nossa alimentação? Ou com a forma como esta se reflecte, desde logo e antes de tudo o mais, na nossa própria saúde?

Muitas vezes só acabamos por desenvolver esse género de preocupações, se desenvolvemos, quando a isso somos forçados por circunstâncias adversas nomeadamente: distúrbios físicos e/ou mesmo psicológicos resultantes da nossa alimentação.

Para além de um padrão evidente de industrialização, de artificialização e de aumento exponencial do consumo de produtos animais, sobretudo carne, distúrbios alimentares como a obesidade, num período anterior sobretudo à II G.M., eram praticamente residuais ou inexistentes. Actualmente adquirem contornos quase epidémicos no dito “mundo desenvolvido”. Em alguns países cerca de metade, ou mais, da população evidencia excesso de peso. Às vezes em proporções verdadeiramente assustadoras.

Simultaneamente, e como consequência natural, o número de doenças cardiovasculares disparou também nos países desenvolvidos. Porventura a alimentação não será o único factor mas, associada por exemplo a um maior sedentarismo, é sem dúvida um dos principais, senão mesmo o principal, factor.

Por outro lado, se analisarmos a própria evolução do sector alimentar, podemos facilmente constatar um padrão de concentração da produção sob o controlo de grandes empresas agro-industriais. De uma forma geral essa concentração tem-se vindo a revelar nociva. Ao nível da produção, apesar de uma suposta maior oferta em termos de marcas e produtos (marcas, na realidade, na maior parte das vezes, detidas por um conjunto muito restrito de corporações) a realidade é que se tem vindo a assistir a uma gradual perda de diversidade e a uma aceleração dos processos de industrialização.

O próprio poder dessas corporações baseia-se em larga medida numa poderosa estrutura de propaganda e marketing que, obviamente, existe predominantemente para induzir os indivíduos ao consumo, se possível quase “patológico”, dos seus produtos. Com esse intuito essas corporações conseguem, vezes sem conta, atingir de facto os seus propósitos comerciais mas com um elevado impacto negativo ao nível da educação e consciência alimentar, assim como cívica, dos indivíduos. Ou seja, muitos dos seus produtos têm um impacto bem mais negativo do que positivo no regime alimentar dos cidadãos (por exemplo considerando que muitas utilizam vezes sem conta o açúcar como substância aditiva) mas essa não é de forma alguma a mensagem que é transmitida. Bem pelo contrário.

Um público particularmente vulnerável a todo esse bombardeamento comercial é o público infantil. As crianças são também, simultaneamente, um alvo particularmente “apetecível” pois têm uma capacidade de influenciar as escolhas e hábitos de consumo da família de uma forma inestimável. Basta pensarmos no caso das crianças que “arrastam” atrás de si toda a família para o “Macdonalds” em virtude de toda a sedução dos brindes do “Happy Meal” e das zonas de recreio para crianças.

Se reflectirmos bem sobre a questão é profundamente perturbador pensar que algo com uma importância tão primordial como a alimentação, que se reflecte de uma forma tão directa na saúde dos indivíduos e, por inerência, da sociedade, tenha vindo a tornar-se, nos últimos anos, numa área onde os interesses corporativos de poderosas multinacionais predominam vezes sem conta em detrimento de valores bem mais importantes e éticos.

Nesse sentido, e focando-nos mais no aspecto “ético”, não deixa de ser profundamente pouco ético, para não dizer algo mais grave, que essa mesma indústria agro-alimentar tenha vindo a revelar uma tremenda capacidade para recrutar uma parte inestimável da comunidade científica para o seu campo propagandístico. Na prática, o que isto significa é que muitas vezes certos produtos e marcas que são promovidos como tendo este ou aquele benefício ao nível do próprio bem-estar físico para o consumidor estão a vender uma mais valia falsa ou até, em muitos casos, falaciosa. Por vezes contribuem até para a adopção de estilos de vida e padrões alimentares profundamente errados e perniciosos.

A esse nível, estou em crer, e generalizando, que a evolução tem sido num sentido negativo. Algumas das tendências, parcialmente já mencionadas anteriormente, e que se podem classificar de evidentemente mais negativas são:

- O aumento exponencial do consumo de carne e de outros produtos animais (nomeadamente lácteos);

- O maior refinamento e processamento dos alimentos o que leva, obviamente, a uma elevada perda de nutrientes e de outras propriedades. Isto apesar de estes se apresentarem como, aparentemente, mais atractivos e saborosos;

- Deficiente ingestão de produtos/alimentos integrais;

- Ingestão insuficiente ou mesmo quase residual de produtos hortícolas e frutícolas “frescos”, derivado, por exemplo, de um aumento dos alimentos congelados ou repletos de conservantes e intensificadores de sabor artificiais;

- Globalização da produção alimentar privilegiando em larga medida os processos mais intensivos, industrializados mas também com um impacto ecológico mais pesado e destrutivo. Para além de todos os impactos ao nível da saúde humana que estão ainda e em larga medida por avaliar.

- Aumento do consumo e “vulgarização” do “fast-food”.

- Perda de vínculos sociais e em parte da importância da refeição como momento de confraternização familiar.

Haverá muitos outros padrões e tendências a observar. No entanto, podem mencionar-se apenas os anteriores como sendo alguns dos mais preponderantes e fundamentais.

Tendo as sociedades “ocidentais” desenvolvido este género de padrões a questão que urge suscitar é:

O que fazer para conseguirmos inverter todo este género de tendências e fenómenos em larga escala de deterioração dos padrões alimentares?

Uma crítica em relação à industrialização da própria alimentação não constitui, como é de alguma forma propalado pelos defensores da tecnocracia moderna, uma apologia de “retorno ao passado”. No entanto, a certos níveis, os padrões alimentares anteriores a todas estas vicissitudes eram de alguma forma mais saudáveis e equilibrados. É certo que em virtude das próprias circunstâncias económicas, por norma mais adversas, existiam problemas graves até de subnutrição, mas, aparte desse aspecto, a realidade é que muitos dos problemas de saúde actuais, muito deles intimamente associados aos padrões alimentares contemporâneos, eram então muito residuais ou praticamente inexistentes (se pensarmos por exemplo na obesidade).

Nesse sentido observarmos que a determinados níveis evoluímos para um patamar de deterioração dos padrões alimentares deveria servir para tentarmos recuperar alguns dos padrões e hábitos alimentares ancestrais que, a muitos níveis, se têm vindo a perder.

A emergência das refeições pré-preparadas, dos produtos congelados, dos alimentos carregados de produtos químicos conservantes (ou por exemplo intensificadores de sabor, com aromatizantes, etc.) veio trazer muito mais malefícios do que propriamente benefícios para as sociedades ocidentais, que, a muitos níveis, com o fenómeno da globalização, têm vindo a “exportar” os seus padrões de consumo e estilo de vida um pouco para todo o lado do globo.

Acima de tudo, e antes de tudo o mais, urge empreender um enorme esforço de reflexão pessoal e colectivo no sentido de podermos observar de forma crítica e consciente aqueles que são os nossos hábitos alimentares actuais.

A alguns níveis começam a surgir indicadores positivos de uma maior consciencialização, assim como esforços e movimentos empenhados na promoção de padrões alimentares mais saudáveis, equilibrados e também ecológicos. As versões mais recentes da própria pirâmide alimentar, por exemplo (com uma preponderância bem maior das frutas, legumes, oleaginosas e cereais integrais), denotam bem essas mudanças positivas.

A outros níveis a ferocidade de todos os recursos propagandísticos da industria agro-alimentar continua tão ou mais acentuada do que já vinha sendo habitual. E continua a proliferar a propaganda a muitos níveis irresponsável aos pseudo super produtos teoricamente capazes de suprir do ponto de vista nutricional o essencial das nossas necessidades alimentares.

Por outro lado, aquilo que é a nossa alimentação “moderna” mais não é, a certos níveis, do que um reflexo daquilo que é a agricultura actual. Uma agricultura de modelo predominantemente intensivo e, como tal, em larga medida tóxico-dependente. Ou seja, dependente de elevadas quantidades de produtos químicos de síntese, de fertilizantes petro-químicos e, naquilo que é um sinal evidente de uma preocupante perda de soberania alimentar, uma actividade controlada pelos gigantes agro-industriais cada vez mais, por exemplo, freneticamente empenhados em impor os alimentos OGM (Organismos Geneticamente Modificados) aos cidadãos consumidores que ainda ousam desconfiar destas generosas companhias que a mais não aspiram, dizem, do que contribuir para o bem da humanidade (lucros astronómicos, quem falou nisso?).

Chegamos por isso a este ponto paradoxal em que a agricultura (à imagem de muitas outras actividades humanas, mas ainda mais “paradoxal” no caso da agricultura dado que estamos a falar na produção dos nossos próprios alimentos) consome muitos mais recursos do que aquilo que realmente produz. Para além disso, e tão ou mais preocupante: aquilo que é produzido é-o, em larga medida, de forma completamente insustentável e com um impacto ecológico demasiadamente destruidor. Chegados a este ponto é inevitável reflectir sobre uma das principais dimensões dessa destruição quase implícita naquilo que são os modelos agrícolas industriais modernos: a Agro-Pecuária Industrial.

Por outras palavras, a indústria pecuária, a criação intensiva de animais para satisfazer o consumo de carne dos países ditos industrializados, é uma das actividades humanas com um impacto mais “pesado” a nível planetário.

Só para termos uma pequena ideia, considere-se alguns dados:

Estima-se que a contribuição do gado para a contaminação da água supera em mais de dez vezes a dos humanos e mais de três a indústria”

Cerca de metade da pesca mundial vai para alimentar gado, 91% do milho, 77% da farinha de soja, 64% da cevada, 68% da aveia e 99% das colheitas de sorgo” (1)

São necessários oito vezes mais combustíveis fósseis para produzir proteína animal do que proteína vegetal e que a primeira é apenas 1,4 vezes mais nutritiva do que a segunda.” (2)

Um quilograma de carne de vaca produz tanto dióxido carbono quanto uma viagem de 250km de carro.” (3)

Face à dimensão expressa por estes dados é impossível negar a estrita ligação que existe entre o aumento do consumo de carne e a aceleração da destruição ecológica a nível global, nomeadamente se nos estivermos a referir, por exemplo, à questão das alterações climáticas.

Dessa forma qualquer mudança de paradigma a nível da alimentação das sociedades ditas ocidentalizadas terá que passar, pelo menos, por uma redução bastante drástica e efectiva do consumo de proteína animal. Redução que, de resto, só iria trazer benefícios considerando as diversas dimensões e impactos negativos ao nível dos quais o consumo excessivo se repercute (saúde, ambiente, bem-estar animal, etc.)

A mudança não implica que todas as pessoas tenham que se tornar necessariamente vegetarianas. Haveria muito a ganhar com isso certamente, mas acima de tudo urge inverter a tendência que se tem vindo a verificar de um aumento da procura e consequentes impactos do consumo de carne.

Há algumas décadas atrás, mesmo sem ser necessariamente vegetariano, a realidade é que o padrão alimentar de uma grande parte das pessoas era caracterizado por um consumo de carne bastante inferior aos níveis actuais. Muitas famílias comiam carne cerca de uma vez por semana.

De qualquer das formas, e apesar de cada vez mais difundido, ainda existe um enorme desconhecimento em relação àquilo que é, ou pode ser, a alimentação vegetariana e algumas das suas principais características.

O principal objectivo do projecto “Segredos da Horta” consiste precisamente em divulgar e dar a conhecer um pouco mais o vegetarianismo nas suas diversas vertentes e dimensões.

Uma das metodologias preferenciais tem sido a organização e dinamização de oficinas práticas de alimentação vegetariana onde os indivíduos podem ficar a conhecer mais, e de uma forma muito concreta, sobre esta.

A principal filosofia é a de que o ser humano é constituído por uma dimensão biológica, psicológica e espiritual. A nutrição não é pois a mera satisfação de uma necessidade biológica elementar mas, muito mais do que isso, é um processo de transmissão energética e de profundo inter-relacionamento do ser vivo com o meio ambiente (ecológico e social) onde se insere. Logo, daí se depreende que uma alimentação que tem por base o sacrifício e sofrimento de milhares de animais não pode senão causar enormes distúrbios e problemas planetários, bem como ao nível da própria saúde de quem se alimenta principalmente de carne. O Vegetarianismo é pois, e cada vez mais, uma opção eticamente mais correcta (pela enorme redução da exploração e sofrimento causado às outras espécies animais) e, em geral, ecologicamente mais sustentável.

Por outro lado está longe de ser, como alguns a tentam rotular, uma moda urbana moderna. Na verdade, ao longo da história, e ao contrário do mito que vai prevalecendo de que o Homem é essencialmente omnívoro, diversas civilizações e algumas figuras particularmente proeminentes da história da humanidade praticavam e praticam, por diversas razões, uma alimentação essencialmente vegetariana (Leonardo da Vinci, Platão, Sócrates, Henry David Thoreau, Gandhi, entre outros). Além disso, como de certa forma já foi referido, ainda que vivendo numa sociedade onde o consumo de carne é comum e predominante, o vegetarianismo por motivos de ordem ética, ecológica, religiosa e espiritual encontra-se cada vez mais difundido, estando também implícito em novos paradigmas de aproximação da espécie humana à Natureza. Talvez também implícito em novos paradigmas de “regresso às raízes” e a um estilo de vida, particularmente ao nível dos padrões alimentares, mais simples e natural. Sem sombra de dúvida mais harmonioso e equilibrado.

Por todos esses motivos e mais alguns o projecto Segredos da Horta irá continuar a dar o seu modesto mas determinado contributo para que o nosso Planeta possa ser um lugar melhor para todos os seres viverem, começando nessa dimensão tão crucial que é a forma como nos alimentamos e olhamos para a alimentação.


Segredos da Horta – Alimentação Vegetariana Natural

Pedro Jorge Pereira

segredosdahorta@gmail.com

http://segredosdahorta.blogspot.com/


Referências:


  1. (dados do departamento de agricultura dos EUA)


  1. Cornell University Science News (1997) [Em linha]. Disponível em http://www.news.cornell.edu/releases/aug97/livestock.hrs.html [Consultado em 08/04/2011].


  1. Fanielli, Daniele, Newscientist (2007) [Em linha]. Disponível em http://www.newscientist.com/article/mg19526134.500 [Consultado em 08/04/2011].


  1. Kushi, Michio e Jack, Alex;A Humanidade numa encruzilhada”, Um Mundo Ético, Lisboa, 2002


Wednesday, September 28, 2011

Sessão A “Alimentação Vegetariana”, moda, dieta ou estilo de vida?

A “Alimentação Vegetariana”, moda, dieta ou estilo de vida?

Sessão (in)formativa e Debate

4 de Outubro de 2011, 3ªfeira, Casa da Horta - Porto

18h30-20h30,

Participação livre mas sujeita a inscrição*

*(a sessão só se realizará com um número mínimo de participantes)


Integrado na Semana Vegetariana 2011, promovida pelo Centro Vegetariano e contando com a participação de inúmeras entidades e organizações um pouco por todo o país, o Projecto Segredos da Horta – Alimentação Vegetariana Natural dinamiza, com o apoio da Casa da Horta – Associação Cultural, uma sessão (in)formativa/debate sobre a Alimentação Vegetariana.

Como ponto de partida para a sessão surge a questão: Numa altura em que a alimentação vegetariana começa a ser cada vez mais conhecida e também “adoptada” por mais pessoas estaremos perante uma moda, uma dieta ou um estilo de vida?

E para se ser vegetarian@, quais são as principais dicas, motivações, dificuldades e “erros” a evitar?

Esta sessão (in)formativa pretende sensibilizar para uma alimentação consicente e sustentável, quer ao nível socio-ambientel quer ao nível, e antes de tudo o mais, da saúde e equilíbrio do próprio indivíduo. Será alimentarmos-nos de forma equilibrada um exercício assim tão difícil, aborrecido e dispendioso ou, pelo contrário, um processo divertido, acessível e, antes de tudo o mais … natural?


Nota: No final da sessão irá provavelmente decorrer um jantar informal de convívio entre todos os participantes da sessão, sendo os preços das refeições os normalmente praticados na Casa da Horta.


Projecto Segredos da Horta


Segredos da Horta é um projecto que tem por finalidade a divulgação da "cozinha vegetariana" nas suas diversas vertentes: nutricional, prática e filosófica. Desenvolve-se, principalmente, pela realização de "oficinas" de formação, entre outros eventos e actividades no decorrer das quais são transmitidos conhecimentos práticos e simples de confecção e preparação de refeições vegetarianas segundo princípios básicos de uma alimentação saudável e natural. O projecto tem também por finalidade a realização de iniciativas e actividades, como por exemplo palestras, almoços e jantares, pic-nics e encontros, entre outros, com o principal objectivo de dar a conhecer e levar a experimentar a alimentação vegetariana de uma forma natural e saborosa.


Inscrições:


Data Limite de inscrição:

2ªfeira, 3 de Outubro


Modo de inscrição:

Através do email:

segredosdahorta@gmail.com

ou contacto:

93 447 6236



Mais informações:

Segredos da Horta - Pedro Jorge Pereira

93 4476236

segredosdahorta@gmail.com

http://segredosdahorta.blogspot.com/


informação no blog:

http://segredosdahorta.blogspot.com/2011/09/sessao-alimentacao-vegetariana-moda.html

Wednesday, August 10, 2011

Semana Vegetariana 2011

Semana Vegetariana 2011

já começa a "aquecer" ;O)

Wednesday, July 27, 2011

prato do dia - Feijoada de Feijão rajado com Bulgour e Beterraba Salteada

Feijoada de Feijão rajado com Bulgour e Beterraba Salteada

Monday, July 18, 2011

Oficina de Alimentação Vegetariana Natural, Sábado, 23 de Julho, Espaço Integral

Oficina de Alimentação Vegetariana, 23 de Julho de 2011, Impulso Integral – Sandim, V.N. de Gaia


23 de Julho 2011
Horário:
das 10h às 14h

Local:
Impulso Integral

Preço da oficina: 2
0 €
I
nclui: parte teórica, confecção de receitas, almoço,

Máximo de participantes: 12
pessoas

Formador:
Pedro Jorge Pereira – Segredos da Horta

Tuesday, July 05, 2011

Segredos da Horta na Feira Alternativa 2011, Porto

Sábado, dia 9 de Julho, às 10h00, na Feira Alternativa no Palácio de Cristal, Porto

Sábado, dia 9 de Julho, às 10h00, na Feira Alternativa no Palácio de Cristal, Porto o Segredos da Horta irá dinamizar no Espaço "Encontros na Relva" um work-shop/paslestra sobre alimentação vegetariana natural. Apareçam, tragam dúvidas, questões e, claro, muit@s amig@s!

Abraços

Pedro Jorge Pereira - Segredos da Horta

Wednesday, June 15, 2011

Workshop Cozinha Vegetariana, Porto, 3 de Julho 2011, Restaurante Alfarroba

Workshop Cozinha Vegetariana, Porto, 3 de Julho 2011, Restaurante Alfarroba


Workshop Cozinha Vegetariana, Porto

Promovido no âmbito do programa de workshops desenvolvido pelo Centro Vegetariano

http://www.centrovegetariano.org/index.php?destin=cal&event_id=1068



3 de Julho 2011
Horário:
das 10h às 14h

Local:
Restaurante Alfarroba
Rua Júlio Dinis, nº 247, Edifício Mota Galiza, lj 59, piso 1
4050-324 Porto

Preço por workshop:
30 €
I
nclui: parte teórica, confecção de receitas, almoço, folheto com as receitas confeccionadas.

Máximo de participantes:
7 pessoas

Formador:
Pedro Jorge Pereira

Contactos para inscrições:
tel: 934476236
segredosdahorta@gmail.com

Modo de inscrição:

Através da transferência do montante de contribuição, 30.00 hortas, para o nib:

0035 0091 0000 7119 9001 3 (Caixa Geral Dep.) (*)

com o envio do respectivo comprovativo para:

segredosdahorta@gmail.com


(*) no caso de não realização da sessão o valor de “sinalização” será integralmente devolvido, sendo para esse efeito útil a indicação do nib remetente


Sessão (in)Formativa sobre Alimentação Vegetariana Natural , 29 de Junho de 2011, 4ªfeira, Restaurante Alfarroba - Porto

Sessão (in)Formativa sobre Alimentação Vegetariana Natural

29 de Junho de 2011, 4ªfeira, Restaurante Alfarroba - Porto

18h30-20h30,

contribuição: 5,00 hortas (*)

(*) 10% de desconto em mais de uma inscrição


Somos aquilo que comemos. Sendo a alimentação tão preponderante naquilo que somos e fazemos porque é que, tantas vezes, praticamos uma alimentação tão inconsciente e descuidada? Não acaba por ser inevitável o surgimento de tantos problemas de saúde associados ao nosso estilo de vida e à alimentação inconsciente que praticamos?

Pode-se dizer que a nossa alimentação se artificializou, industrializou e tornou em larga medida negligente. Quantas vezes reflectimos verdadeiramente sobre o nosso estilo alimentar? Até que ponto nos preocupamos verdadeiramente com a qualidade e vitalidade da nossa alimentação?

Esta sessão (in)formativa pretende sensibilizar para uma alimentação consicente e sustentável, quer ao nível socio-ambientel quer ao nível, e antes de tudo o mais, da saúde e equilíbrio do próprio indivíduo. Será alimentarmos-nos de forma equilibrada um exercício assim tão difícil, aborrecido e dispendioso ou, pelo contrário, um processo divertido, acessível e, antes de tudo o mais … natural?


Nota: No final da sessão provavelmente irá decorrer um jantar informal de convívio entre todos os participantes da sessão, sendo os preços das refeições os normalmente praticados no restaurante Alfarroba.


Alguns dos principais conceitos abordados:


  • Principais motivos para adoptar uma alimentação vegetariana

  • Diferentes tipos de vegetarianismo

  • Noções básicas de nutrição vegetariana

  • A alimentação natural

  • Ingredientes / condimentos básicos numa alimentação vegetariana natural

  • Dúvidas e Questões


Projecto Segredos da Horta


Segredos da Horta é um projecto que tem por finalidade a divulgação da "cozinha vegetariana" nas suas diversas vertentes: nutricional, prática e filosófica. Desenvolve-se, principalmente, pela realização de "oficinas" de formação no decorrer das quais são transmitidos conhecimentos práticos e simples de confecção e preparação de refeições vegetarianas segundo princípios básicos de uma alimentação saudável e natural. O projecto tem também por finalidade a realização de iniciativas e actividades, como por exemplo palestras, almoços e jantares, pic-nics e encontros, entre outros, com o principal objectivo de dar a conhecer e levar a experimentar a alimentação vegetariana natural.


O Formador – apresentação


Pedro Jorge Pereira, vegetariano há cerca de 12 anos, boa parte deles de forma integral (Vegan) foi cozinheiro no Restaurante Nakité, no Porto, e Daterra, em Matosinhos, tendo integrado também a Associação Cultural Casa da Horta. Actualmente tem por principal missão, desmistificando preconceitos e mitos vários, divulgar a alimentação vegetariana natural junto de mais pessoas. É formador sobretudo no projecto Segredos da Horta. Tem simultaneamente vindo a colaborar e desenvolver vários outros projectos e iniciativas na área da alimentação vegetariana natural e da educação ecológica e social.



Inscrições:


Data Limite de inscrição:

3ªfeira, 28 de Junho


Modo de inscrição:

Através da transferência do montante de contribuição, 5.00 hortas, para o nib:

0035 0091 0000 7119 9001 3 (Caixa Geral Dep.) (*)

com o envio do respectivo comprovativo para:

segredosdahorta@gmail.com


(*) no caso de não realização da sessão o valor de “sinalização” será integralmente devolvido, sendo para esse efeito útil a indicação do nib remetente


Mais informações:

Segredos da Horta - Pedro Jorge Pereira

93 4476236

segredosdahorta@gmail.com

http://segredosdahorta.blogspot.com/


Número de inscrições limitado (por razões de ordem logística). Prioridade de acesso à actividades por ordem de inscrição.

Thursday, June 09, 2011

Prato do dia



Bolinhos de Grão (ao estilo fallafel) assados no forno, com Arroz Integral e Legumes (cenoura, bróculo, couve) no vapor (com muito amor)

Friday, June 03, 2011

Alheira Vegetariana







Alheira Vegetariana - já existem algumas alternativas de boa qualidade de alheiras vegetarianas.

É sempre importante verificar se a "pele" não é de origem animal, nomeadamente tripa de vaca.

Tuesday, May 31, 2011

Workshop - Alimentação Vegetariana, o que a Natureza nos dá, Sábado, 4 de Junho

Workshop - Alimentação Vegetariana, o que a Natureza nos dá, Sábado, 4 de Junho


A Casa da Horta promove o Workshop - Alimentação Vegetariana, o que a Natureza nos dá, dia 4 de Junho, entre as 12h e as 17h.

(Investimento: 15 euros; almoço 5 euros)

A American Dietetic Association sustenta que a alimentação vegetariana devidamente planeada é saudável e nutricionalmente adequada. A nutricionista Tânia Magalhães volta à Casa da Horta para abordar os conceitos de veganismo, os nutrientes chave, a suplementação e o recurso a alimentos fortificados, bem como sugerir menus equilibrados.

A pré-inscrição será feita para o email taniamagalhaes75@gmail.com, com indicação de nome e contacto telefónico e considerada válida após envio comprovativo de transferência de 50% do valor de investimento."

http://casadahorta.pegada.net/entrada/2011/05/28/workshop-alimentacao-vegetariana-o-que-a-natureza-nos-da-sabado-4-de-junho/

Monday, May 30, 2011

Um dia por semana só com vegetais e frutas à mesa

Um dia por semana só com vegetais e frutas à mesa


Pode nem parecer muito, mas nos dias que correm uma iniciativa deste género tem um tremendo potencial de criação de consciências e mudança de hábitos. Oxalá a ideia comece a “pegar” também por terras lusas. Hajam escolas, instituições, associações, etc. receptivas. Conhecem algumas?


A presença no Rio do ex-Beatle Paul McCartney, um vegan convicto, criou um momento propício para a concretização de uma ideia do secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade de Niterói, Fernando Guida, um ambientalista preocupado com saúde e sustentabilidade, que há tempos pretendia incluir a cidade no movimento "Meatless Day" (Dia sem Carne), surgido nos Estados Unidos em 2003 e que hoje engloba vários países.

No próximo dia 24, Niterói lança o projeto "Segunda sem Carne", em parceria com a Socidade Vegetariana Brasileira. O lançamento do projeto será no Museu de Arte Contemporânea, às 19h30m, reunindo ambientalistas e representantes dos vegetarianos, que falarão sobre temas como defesa animal e alimentação sem carne. O secretário diz que os preparativos para o evento estão indo de vento em popa e todos os envolvidos estão muito motivados, embora ele mesmo reconheça que fazer a população tirar a carne do cardápio ao menos um dia da semana será uma mudança de paradigmas, "como todas, difícil e trabalhosa".

O secretário diz que o que o motivou a abraçar tal causa foi a vontade de cumprir bem o papel da secretaria e de trabalhar pela melhoria da qualidade de vida da população. Para ele, o projeto é plenamente adequado e, implantado, significa a melhoria da qualidade de vida da população.

"A educação alimentar e ambiental precisam ser alvos constantes do poder público. A ideia do não consumo de carne ao menos uma vez por semana vai nesta direção. A começar pela saúde preventiva, está mais que provado que uma alimentação mais saudável e equilibrada é benéfica para o organismo. As pessoas podem evoluir para paulatinamente consumirem menos carne ou até se tornarem vegetarianos", explica.

Reações
O gerente do Porcão Niterói, Jucier Antunes de Souza, diz que o restaurante está preparado para receber uma clientela vegetariana ou que não coma carne vermelha, pois tem boa oferta de saladas e peixes e frutos do mar. Mas ele explica que, por sua experiência, será difícil fazer a dieta anticarne. "Até na sexta-feira Santa, quando usualmente não se come carne, para nós é dia normal. Restaurante cheio", diz ele. Jucier conta que entre seus clientes ainda não ouviu comentários sobre a proposta da "Segunda sem Carne".

Já o tradicional mercado Império da Banha, no bairro de Santa Rosa, em Niterói, vende tanta carne que muitas vezes o estoque nao é suficiente, diz o gerente Valdeque Pinto da Silva. Principalmente às quartas-feiras, dia de promoção, e aos sábados e domingos, para o churrasco de fim de semana. Ele nada sabia sobre o projeto da prefeitura e também não acredita que a proposta vingue.

"É hábito do povo, nem na Semana Santa o povo deixa de comer carne. E tem churrasco todo fim de semana. Nem a população mais pobre deixa de fazer seu churrasquinho", disse.

Já o secretário acha que pode haver benefício para o comércio, que poderão às segundas-feiras oferecer produtos diferenciados: "Conversei com o dono de uma grande churrascaria que, no início da conversa, riu da ideia, mas depois entendeu que poderia lucrar, oferecendo alternativas saudáveis e anunciar que seu restaurante era amigo da Amazônia".

Nutricionistas
A professora de Nutrição da Uerj Suzana de Freitas prega uma alimentação balanceada em que a carne tem papel importante. Ela explica que a carne, seja bovina, de aves ou suína, é uma fonte proteica de alto valor e qualidade, não encontrada em outro grupo alimentar, a não ser, em menor dimensão, no leite e nos ovos. Mas o ferro encontrado na carne é de alta qualidade e não tem similar em outro grupo alimentar. O ferro é fundamental para o bom funcionamento do metabolismo, e é muito importante para as crianças. Sua deficiência causa anemia.

A especialista diz que 150 gramas de carne por dia suprem todas as necessidades proteicas do ser humano, mas um dia sem carne, como propõe o secretário Fernando Guida, não chega a afetar a saúde. Quem quiser evitar a carne, pode suprir boa parte das necessidades de proteína com a soja, principalmente consumida junto com um cereal, como o arroz.

Já a nutricionista Patricia Cunha vê vantagens na dieta vegetariana, que tem mais fibras, mais gorduras de qualidade e menos gordura saturada, encontrada nos produtos de origem animal. Ela explica que a carne de fato tem proteínas de alta qualidade, mas uma refeição diversificada pode oferecer os mesmos aminoácidos encontrados na carne. Uma refeição equilibrada deve incluir cereais integrais, oleoginosas como nozes e sementes, vegetais coloridos e vegetais de cor verde escura, ricos em ferro. E uma fruta citrica, que vai absorver esse ferro.

Defesa dos animais e do meio ambiente
O secretário Fernando Guida destaca que o "Segunda sem Carne" vai ainda defender os animais "já que eles não têm voz". Para ele, um dia sem carne melhora muito a qualidade do meio ambiente. Ele lembra que o gado é grande emissor de metano, um gás 21 vezes mais perigoso do que o gás carbônico e diz que no Brasil já temos mais gado do que gente.

"Os pesquisadores dizem que a criação de gado já é responsável por cerca de 5% das emissões de gás no Brasil. É muito. E se vender carne é um bom negócio, mais criação de gado haverá. E onde criar mais gado? A pressão é sobre a Amazônia e outros ambientes para transformá-los em pasto", explica.

Lilian Quaino
Do G1 Rio

Friday, May 27, 2011

Quinta Musas da Fontinha



Um exemplo inspirador e, sem qualquer dúvida, a seguir. Que mais e mais hortas tragam a Natureza, o verde e os alimentos biológicos e locais às nossas cidades permitindo-nos libertar da ditadura do "asfalto e do betão"

Tuesday, May 24, 2011

Vegetarianices: Estufadinho de Lentilhas com Couve Flor


Estufadinho de Lentilhas com Couve Flor
Acompanhado de:
Amaranto
Legumes no Vapor com molho de sésamo
Feijão Mung germinado

Wednesday, May 18, 2011

Sessão Formativa/Forum sobre Alimentação Vegetariana Natural + Oficina prática de Alimentação Vegetariana Natural

Sessão Formativa/Forum sobre Alimentação Vegetariana Natural

28 de Maio de 2011, Sábado, Casa da Horta - Porto

10h30-13h30,

contribuição: 5,00 hortas (*)

(*) 10% de desconto em mais de uma inscrição


Somos aquilo que comemos. Sendo a alimentação tão preponderante naquilo que somos e fazemos porque é que, tantas vezes, praticamos uma alimentação tão inconsciente e descuidada? Não acaba por ser inevitável o surgimento de tantos problemas de saúde associados ao nosso estilo de vida e à alimentação inconsciente que praticamos?

Pode-se dizer que a nossa alimentação se artificializou, industrializou e tornou em larga medida negligente. Quantas vezes reflectimos verdadeiramente sobre o nosso estilo alimentar? Até que ponto nos preocupamos verdadeiramente com a qualidade e vitalidade da nossa alimentação?

Esta sessão formativa/forum pretende sensibilizar para uma alimentação consicente e sustentável, quer ao nível socio-ambientel quer ao nível, e antes de tudo o mais, da saúde e equilíbrio do próprio indivíduo. Será alimentarmos-nos de forma equilibrada um exercício assim tão difícil, aborrecido e dispendioso ou, pelo contrário, um processo divertido, acessível e, antes de tudo o mais … natural?


Alguns dos principais conceitos abordados:


  • Principais motivos para adoptar uma alimentação vegetariana

  • Diferentes tipos de vegetarianismo

  • Noções básicas de nutrição vegetariana

  • A alimentação natural

  • Ingredientes / condimentos básicos numa alimentação vegetariana natural



Oficina prática de Alimentação Vegetariana Natural

29 de Maio de 2011, Domingo, Segredos da Horta - Matosinhos

10h00-14h00,

contribuição: 30,00 hortas ou 25,00 hortas para participantes da Sessão Formativa/Forum sobre Alimentação Vegetariana Natural (*)

(*) 10% de desconto em mais de uma inscrição


Ainda que vivendo numa sociedade onde o consumo de carne é comum e predominante, o vegetarianismo por motivos de ordem ética, ecológica, saúde e espiritual encontra-se cada vez mais difundido, estando também implícito em novos paradigmas de aproximação da espécie humana à Natureza.

O Vegetarianismo é, por isso, uma opção cada vez mais válida, eticamente correcta, saudável e, em geral, ecologicamente mais sustentável. Conhecê-lo é entrar num fascinante mundo de sabores, paladares e alimentos.

Por outro lado, mesmo sendo uma alimentação à partida bastante mais saudável (isenta por exemplo de hormonas e outras substâncias) por vezes o próprio vegetarianismo é também praticado de forma bastante insconciente e pouco equilibrada, não seguindo os princípios de uma alimentação verdadeiramente natural.

A Oficina prática de Alimentação Vegetariana Natural é por isso uma óptima oportunidade para investir em algo tão importante como a alimentação. Aprender a cozinhar e comer de forma consciente, equilibrada e ecológica. Aprender também alguns dos fundamentos e alimentos mais importantes na alimentação vegetariana natural – nomeadamente em termos de equilíbrio nutricional - de forma simples, prática, acessível e com todo o gosto!

Algumas das “criações” de cursos-formações anteriores :


http://segredosdahorta.blogspot.com/2011/03/2011-02fev-curso-de-introducao.html


http://segredosdahorta.blogspot.com/2010/03/algumas-criacoes-do-curso-de-fevereiro.html


http://segredosdahorta.blogspot.com/2010/03/mais-algumas-criacoes-do-curso-de.html


Projecto Segredos da Horta

Segredos da Horta é um projecto que tem por finalidade a divulgação da "cozinha vegetariana" nas suas diversas vertentes: nutricional, prática e filosófica. Desenvolve-se, principalmente, pela realização de "oficinas" de formação no decorrer das quais são transmitidos conhecimentos práticos e simples de confecção e preparação de refeições vegetarianas segundo princípios básicos de uma alimentação saudável e natural.

O projecto tem também por finalidade a realização de iniciativas e actividades, como por exemplo palestras, almoços e jantares, pic-nics e encontros, entre outros, com o principal objectivo de dar a conhecer e levar a experimentar a alimentação vegetariana natural.


O Formador - apresentação

Pedro Jorge Pereira, vegetariano há cerca de 12 anos, boa parte deles de forma integral (Vegan) foi cozinheiro no Restaurante Nakité, no Porto, e Daterra, em Matosinhos, tendo integrado também a Associação Cultural Casa da Horta. Actualmente tem por principal missão, desmistificando preconceitos e mitos vários, divulgar a alimentação vegetariana natural junto de mais pessoas. É formador sobretudo no projecto Segredos da Horta. Tem simultaneamente vindo a colaborar e desenvolver vários outros projectos e iniciativas na área da alimentação vegetariana natural e da educação ecológica e social.


Alguns dos principais conceitos abordados no conjunto das duas formações (palestra/forum + oficina) :

  • A alimentação natural

  • Ingredientes / condimentos básicos numa alimentação vegetariana natural

  • Alguns dos princípios mais importantes a seguir numa alimentação vegetariana

  • Diferentes técnicas culinárias

  • Formação Prática (*)

Menu:

Entrada: Paté de Tofu com Ervas Aromáticas e Pãezinhos de Alho
Prato principal: Bolinhos de Grão com Sementes
Acompanhamento: Boulgur com cenoura e legumes no vapor com molho especial
Sobremesa: Pudim de Sêmola, Morango e Cevada

(*) O valor do curso incluí:
- Formação durante a oficina e acompanhamento posterior;
- Refeições;

- Materiais pedagógicos diversos;


Inscrições:


Sessão Formativa/Forum sobre Alimentação Vegetariana Natural, Sábado, 28 de Maio de 2011

5,00 hortas (*)

(*) 10% de desconto em mais de uma inscrição


Oficina prática de Alimentação Vegetariana Natural, Domingo, 29 de Maio de 2011

30,00 hortas ou 25,00 hortas para participantes na Sessão Formativa/Forum sobre Alimentação Vegetariana Natural (*)

(*) 10% de desconto em mais de uma inscrição


Data Limite de inscrição:

5ªfeira, 26 de Maio


Modo de inscrição:

Através de transferência do montante de metade do valor para o nib:

0035 0091 0000 7119 9001 3 (Caixa Geral Dep.) (*)

com o envio do respectivo comprovativo, e indicação de qual ou quais as actividades em que se inscreve, para:

segredosdahorta@gmail.com


(*) no caso de não realização do curso todos os valores de “sinalização” serão integralmente devolvidos, sendo para esse efeito útil a indicação do nib remetente


Mais informações:

Segredos da Horta - Pedro Jorge Pereira

93 4476236

segredosdahorta@gmail.com

http://segredosdahorta.blogspot.com/



número de inscrições limitadas!

Número de inscrições limitado (por razões de ordem logística). Prioridade de acesso às actividades, especialmente à oficina, por ordem de inscrição.