Friday, November 16, 2007

As leguminosas são boas como o milho, ou ainda melhores!


As leguminosas, em minha opinião, são talvez o elemento mais preponderante numa alimentação vegetariana equilibrada. Em certa medida a sua importância encontra-se ainda algo sobestimada, mas creio que isso principia cada vez mais a mudar. Eis um artigo que ajudar a abrir um pouco mais de luz sobre o assunto, descrevendo a importância que estas têm, para além de ao nível nutricional, também ao nível ecológico.


Leguminosas ajudam solo e são boa fonte de proteína

henriques da cunha

http://jn.sapo.pt/2007/11/13/sociedade_e_vida/leguminosas_ajudam_solo_e_boa_fonte_.html


Grão, feijão, ervilha e fava estão entre as leguminosas mais comuns


Eduarda Ferreira


O que faziam, ontem, numa sala obscurecida, 400 pessoas, oriundas de todo o Mundo e que pareciam alheadas do tempo luminoso em Lisboa? O mesmo vai acontecer até à próxima sexta-feira, para que fiquem ali feitos um balanço e a transmissão dos avanços conseguidos internacionalmente na pesquisa das plantas leguminosas. Está reconhecido o seu valor nutritivo e até preventivo em diversas doenças, sabe-se que elas contribuem para fixar azoto no solo, mas nem sempre o seu cultivo dá o melhores rendimentos. Na União Europeia e em outras regiões prossegue um esforço de pesquisa para que a fonte proteica das muitas variedades de grão existentes assuma um lugar menos humilde face aos cereais.


Feijão, grão de bico, lentilha, fava, ervilha, tremoço, chicharro. Este um conjunto de entre as leguminosas mais conhecidas entre nós e que, também em muitos outros países, constituem uma das fontes proteicas mais importantes, quer em alimentação humana, quer através dos compostos para animais em que entram. Todas estas plantas têm também em comum a vantagem de fixar o nitrogénio naturalmente e evitando assim maior recurso a fertilizantes poluentes.


Esta 6ª Conferência Europeia sobre Leguminosas faz agora um levantamento do que a ciência investiga nos laboratórios e no terreno quanto às fragilidades destas culturas. A União Europeia tem em curso um projecto integrado sobre a grande família genética que são as leguminosas e em que são abordadas as implicação do seu consumo, produção e transacção. Encontrar novas soluções agronómicas e encontrar novas variedades são os propósitos dessa parceria que envolve 26 países, dos quais 14 da União Europeia. Foram-lhe afectadas verbas no valor de 15 milhões de euros.


"Melhorar o ambiente e a segurança alimentar" será o contributo da ciência para a expansão e rendimento do cultivo destas plantas, disse ao JN o presidente da Associação Europeia de Proteaginosas. De acordo com Álvaro Ramos Monreal, a Europa "está numa situação perigosa", pela dependência das importações. O fraco rendimento do cultivo (sem o apoio de fundos europeus) aliado a doenças das culturas tem ditado essa dependência. A investigação tem sido direccionada para os cereais.


Portugal tem um clima que "impõe muitas limitações", segundo Tavares Sousa, especialista em melhoramento de plantas, a trabalhar no Instituto Nacional de Recursos biológicos, através do Instituto Nacional de Investigação Agrária. Segundo ele, poderemos obter variedades de leguminosas que sofram menos com a sede, as temperaturas altas ou a geada. Mas há, também, anota, uma falha na organização do mercado para o escoamento da produção.


http://jn.sapo.pt/2007/11/13/sociedade_e_vida/leguminosas_ajudam_solo_e_boa_fonte_.html


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